quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Ignorância.

A minha. O filmaço tem 30 anos, está novamente nas salas (no Nimas em Lisboa) e eu não fazia ideia que em Portugal o Eraserhead se tinha chamado No Céu Tudo É Perfeito.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Desce! Desce!

A desvalorização do dólar em relação ao euro é, dizem os economistas, uma grande desgraça para os mercados internacionais. Mas para o consumidor comum que faça compras on line o alarme não será menor, tal a quantidade de produtos que se podem encomendar dos EUA a preços impróprios.

Na Amazon, há um produto especial. Receio que venha a ser uma atracção fatal, conforme se aproxima a data de lançamento: 18 de Dezembro. Apesar de saber o que fazem as nossas alfândegas e da Castello Lopes prometer que o vai lançar cá em Portugal, como é que eu conseguirei resistir a este mimo, pelo qual me pedem 55 dólares... pouco mais de 37 euros?

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Meio caminho andado para ser um filme de culto

O melhor que pode acontecer a Hot Fuzz é uma crítica negativa de Francisco Ferreira, acompanhada da solitária estrelinha...

Ele chama-se Angel, Nicholas Angel, mas o nome engana, já que este polícia, de tão aplicado que é, envergonha o resto da esquadra londrina. "He can´t switch off", alguém lhe diz. Resultado: destacam-no para a pitoresca Sandford, ou seja, para a parvónia. O objectivo é o "gag", a velocidade é de "clip" e o êxito resultou no Reino Unido. Angel é o tolo com quem todos vão gozar (gozar com um polícia é sempre uma boa ideia), só que o nosso herói percebe que há gato com rabo de fora quando a parvónia começa a ser assolada por estranhos "acidentes". Infelizmente, o programa não ultrapassa nunca a anedota.

Expresso, 24 de Novembro

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

IGAC descobre Quarteto

Na última sexta-feira, dia 16, o Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) mandou fechar os Cinemas Quarteto por falta de condições de segurança. Manuel Fonseca, Fernando Lopes, António Escudeiro fotografados a apoiar Pedro Bandeira Freire à porta dos cinemas está longe de ser o levantamento que as elites do costume teriam feito noutros tempos, exigindo a intervenção das autoridades. Aliás, que a notícia tenha sido recebida com indiferença por estas é significativo, infelizmente, da irrelevância em que aquele espaço caiu.

As gerações que cinéfilos que viram tantos filmes alternativos entre 1975 e meados dos anos 90 reconhecem que as boas memórias que têm daquele espaço são apenas isso: memórias. A forma de ver cinema que recordam já morreu. A realidade é outra, feita de um café sempre à beira de fechar, uma programação dispersa, com as distribuidoras a fugir de estrear ali os seus filmes, e o desaparecimento daquele espírito de tertúlia cinéfila que criou a reputação do Quarteto. A cultura do centro comercial, o home video e crise do prazer de "ver" filmes minaram as salas que ficam ali ao pé da Avenida Estados Unidos da América.

Se tudo correr bem, as salas reabrem no final do mês, prometem-nos. Mas como há problemas que não se resolvem em duas semanas, desconfio que isso só acontecerá se o IGAC fechar os olhos a algumas coisas. Paula Andrade, a inspectora-geral, fez o resumo das irregularidades: falta um sistema automático de detecção de incêndios, há reposteiros de material altamente inflamável a tapar caminhos de evacuação e revestimentos de paredes e tectos em material também muito inflamável, muita falta de manutenção no recinto, sobretudo ao nível das instalações eléctricas , não há um sistema de extracção de fumos, faltam acessos para deficientes e as saídas de emergência são insuficientes.

Mas o Quarteto não foi sempre assim? Com aquele cheiro a mofo? E aquelas cadeiras? E aquele magnífico sistema de som? Não há queixas dos WC? As características que eram reconhecidas por gerações de cinéfilos são afinal irregularidades? Como é que o IGAC descobriu agora, ao fim destes anos todos, aquele espírito castiço? Resposta: foram os próprios responsáveis pelo complexo de salas a pedir a vistoria. Terá sido eutanásia?
(fotografia SIC)

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Alugam-se óculos...

Aconteceram-se duas coisas curiosas ao ir ver ontem o Beowulf ao Alvaláxia. Um foi aperceber-me que Angelina Jolie aparece muito pouco (e o filme tem quase duas horas!), apesar da gigantesca operação de marketing ter sido montada toda à volta da participação dela. É apenas uma constatação, não uma crítica: quando fui à procura de uma fotografia para este comentário, o meu instinto também me levou directamente a Mrs. Pitt.

O segundo fenómeno intriga-me mais. Curioso como os anúncios publicados nos jornais mencionavam com grande pompa a estreia 3-D em 15 salas, mas omitiam que os bilhetes para usufruir desse luxo vão ser ainda mais caros. Pediram-me mais € 1,5 para os óculos que permitiam ver o Beowulf em todo o seu esplendor.

Confesso que não achei grande piada ao extra que elevava o bilhete para uns cosmopolitas 7 euros, dignos de Londres e outras capitais europeias.

Mas o melhor estava reservado para o fim: à saída da sala estava um cartaz a pedir para deixar os óculos no respectivo caixote. Afinal, estamos só a alugá-los. Com a tarifa a ser 25% do preço normal de um bilhete de cinema, quantas pessoas vão fingir que os estão a comprar?

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Não há quem os entenda...

Os críticos norte-americanos passam uma boa parte do ano a queixar-se que os filmes têm demasiada acção e nenhum espaço para conversas entre as personagens. Que as histórias são fracas e as personagens caricaturais.

Quando finalmente aparece Lions for Lambs, realizado por Robert Redford, e que tem actores do calibre de Meryl Streep e Tom Cruise, do que é que eles se queixam? Que o filme é só pessoas a conversar...

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O que é feito de..?

Um filme sobre dois estranhos que se encontram nas ruas de Dublin e descobrem que partilham uma paixão comum pela música (o resto convém cada um descobrir por si), Once continua sem data de estreia em Portugal. Aliás, não se sabe sequer se está comprado para cá.

E a verdade é que o silêncio é estranho num momento em que as distribuidoras nos enviam mapas com os filmes que pensam lançar até meio de 2008. Tanto mais que Once foi, à sua escala (isto é, não precisa de chegar aos 100 milhões de dólares no primeiro fim-de-semana), uma das histórias de sucesso na temporada de Verão nos Estados Unidos. E foi visto por Steven Spielberg, que disse que ficou com inspiração para o resto do ano.

Se esta preciosidade de John Carney não for nomeada para alguns prémios, desconfio que lhe vai acontecer o pior: um lançamento directamente em DVD. Vamos a ver se quem pode evitar isto fica inspirado com esta belíssima interpretação dos protagonistas Glen Hansard e Marketa Irglova da canção Falling Down...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Um "Film Festival" no Estoril

Quando foram conhecidos os pormenores concretos do European Film Festival Estoril '07, fiquei com a impressão que os responsáveis estavam a fazer do Festival uma espécie de Tavares Rico. Ou seja, se a pessoa tem dinheiro, vai ao restaurante com frequência e encara uma série de questões de forma relaxada. Mas se não for o caso, só lá vai para festejar os 25 anos de casamento.

As questões em que estou a pensar surgiram por causa da estratégia do festival. A própria localização do certame foi subestimada. Perguntaram ao Paulo Branco, o director, se achava que as pessoas iriam ao Estoril. Resposta: de comboio, são 15 minutos de Lisboa até lá.
Parece tão simples, mas claramente ele não tem noção de como vivem os comuns mortais. Não são 15 minutos, mas ainda que fossem, falta acrescentar o tempo que se gasta até chegar ao Cais do Sodré e, mais importante, o preço dos transportes, ainda mais caro para quem não tem passes. Quem for de carro, tem de pensar no trânsito, no combustível e no parque de estacionamento pago. Ou então procurar um lugar para estacionar (boa sorte!) e arriscar andar um bocadinho a pé. E sou generoso ao não partir do princípio que o potencial espectador vai comer alguma coisa na zona ou pagar a babysitters.

É capaz de ser pedir muito a quem já sai cansado do seu emprego ou a jovens estudantes com tempo livre, mas mobilidade e orçamento limitados.

Perante as questões anteriores, a programação e o preço dos bilhetes podiam ser factores decisivos. No primeiro caso, nada a dizer: Paulo Branco claramente fez valer os seus contactos e há muita coisa para descobrir e recordar. Mas no resto foram só tiros no pé. Por exemplo, no início da semana passada, quem entrasse em contacto com a organização descobria que só podia comprar bilhetes para os filmes que queria na véspera das sessões. Na quarta-feira isto já tinha mudado, mas entretanto quantos já tinham desistido? Faz algum sentido criar esta dificuldade? É assim que querem que as pessoas do centro de Lisboa e arredores apareçam vários vezes? E por que razão não se podem reservar/comprar bilhetes pela Internet?

Além disso, estamos no primeiro ano. Deviam existir pacotes com desconto e outras soluções para cativar os potenciais espectadores, cinéfilos e curiosos, criar hábitos. Algo como aconteceu este fim-de-semana, em que se oferecia um bilhete na compra de outro para as sessões no Casino do Estoril aos estudantes e detentores do cartão Medeia... só que isto foi divulgado no sábado, o que dá a ideia que é já uma forma de corrigir uma estratégia arrogante que existia antes de começarem a vender bilhetes e descobrirem que, afinal, faltam espectadores.

Mas o pior é mesmo o preço dos bilhetes. Seis euros para as sessões no Casino e quatro nas salas do CascaisVilla. O que estavam a pensar? É assim que se projectam os filmes e o próprio festival?

Quem vai ver numa sala de cinema filmes com 20-30 anos de Almodóvar, Coppola, De Palma ou Lynch? Os cinéfilos e alguns curiosos. Nos tempos que correm, será razoável pedir-lhes quatro euros para ver o que já conhecem de trás para a frente e provavelmente têm em VHS ou DVD? E os obscuros filmes em competição? Quem vai a festivais sabe que tanto pode apanhar preciosidades como coisas muito fraquinhas. Um festival devia ser uma festa, um ponto de confluência de pessoas e cinefilia: bilhetes a quatro euros e sem descontos é estar a pedir mesmo aos mais entusiastas para fazer opções. Assim, que balanço pode uma pessoa fazer de um festival que pretende voltar para o ano?

E o que posso dizer das outras propostas no Casino a seis euros? Que por esta quantia espero ter a possibilidade de brincar nas slot machines.

domingo, 11 de novembro de 2007

Respeito pela gramática

O leitor Wellington Almeida entrou em contacto para apontar uma redundância no meu Consultório__ 4: Mas pense como seria pior se tivesse descoberto a PREMIERE uns três meses atrás.

De facto, se foi há três meses, não é necessário acrescentar o "atrás". Como referiu, é um erro muito comum na imprensa portuguesa, em que a pressão do tempo e do número de caracteres podem originar autênticos pontapés na gramática. Já corrigi e serve-me de lição: rever duas vezes antes de colocar on line.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Consultório__ 5

Rita Santos (via Internet): Gostaria de saber se o filme Control sobre Ian Curtis/Joy Division ia estrear em Portugal no dia 25 de Novembro e qual seria a classificação em relação à idade. Há quem me tenha dito que o filme seria para m/16, mas achei esquisito por isso vim confirmar a uma fonte mais segura. Também gostaria de saber quando é que o Sweeney Todd iria estrear em Portugal.

Um colega meu apurou junto da LNK, que é a distribuidora, que o belíssimo Control foi hoje mesmo classificado para maiores de 16 anos e o selo de "Qualidade" destinado a certos filmes que se distinguem pela sua qualidade artística ou outras.

Isto vai de encontro às decisões tomadas na Inglaterra (maiores de 15) e Estados Unidos ("R" ou seja, alguém com menos de 17 anos só entra acompanhado de um adulto), mas se quer que lhe diga, acho que há duas formas de encarar esta decisão em Portugal. Por um lado, pode parecer exagerada vendo a quantidade de filmes com momentos "fortes" que actualmente recebem o "M/12" (daí o doce do "qualidade"). Mas também pode pecar por escassa: há coisas, momentos, estados de espírito na obra de Anton Corbijn, que vão escapar mesmo aos que já têm 30 anos!

Sweeney Todd estreia em Portugal em Janeiro de 2008, juntamente com uma mão-cheia de filmes a pensar nos Oscars, como já é tradição. Se viver na zona de Lisboa, não perca por nada a peça homónima que está no Teatro Aberto. Não é Tim Burton e Johnny Depp, mas será a melhor das antecipações.

Consultório__ 4

Joana Pinto (via Internet), inclui perguntas do leitor Pedro Silva: Será demasiado deprimente dizer que descobri a revista PREMIERE na sua última edição? Parece-me que sim, por isso vou colocar já a minha pergunta e deixar-me de rodeios!

Sou uma grande fã de séries de televisão mas nunca sei como descobrir a data em que estão previstos os seus laçamentos logo, ao ler o seu cantinho, as portas do "céu televisivo" abriram-se de par em par... Será possível me dizer quando sai (ou se sai):

-a 6ª temporada de Tal mãe tal filha
-a 1ª temporada de Heroes
-a 3ª temporada de Anatomia de Grey
-a 4ª temporada de One Tree Hill
-a 1ª temporada de How I met your mother
-a 1ª temporada de Friday Night Lights
-a 1ª temporada de Irmãos e Irmãs

Tem razão, é um bocado deprimente. Mas pense como seria pior se tivesse descoberto a PREMIERE há uns três meses e depois contactasse a Hachette para comprar números antigos. De repente, a Joana tinha uns 15 números ou mais, descobria que partes da revista gostava de ler primeiro, quais os críticos com que estava mais de acordo e por aí adiante. Ou seja, surgia uma relação de empatia, de familiaridade. Acredite que ainda seria mais complicado, basta ver o que escreveram alguns leitores mais antigos.

Agora em relação aos lançamentos em DVD. As editoras já têm mais ou menos alinhadas as novidades até ao final do ano, para aproveitar a altura em que os bolsos das pessoas vão estar mais recheados. Mas das séries que me indicou, a única que ainda chega este ano parece ser a primeira temporada do Heroes. Marque o seu calendário, é já no dia 20.

Se entretanto surgirem novidades fresquinhas, voltarei à sua carta.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Glórias dos sistemas de saúde europeus


Sicko, em exibição em duas salas de Portugal (isto é, Lisboa: Amoreiras e Nimas), mostra que Michael Moore (MM) não perdeu o jeito. Mas ironicamente também poderá ser o trabalho que vai deixar mais desconfiados os seus fans. Principalmente aqueles que se habituaram a pensar que ele faz documentários. E que os faz com isenção e imparcialidade. Não são tão poucos como isso.

MM mostra algumas situações incríveis que acontecem no sistema de saúde norte-americano. Um sistema em que o Estado se demitiu das suas responsabilidades e é estrangulado pelos interesses de privados: seguradoras e empresas farmacêuticas. E onde 50 milhões não tem direito a um seguro de saúde. E mesmo aqueles que têm não podem ficar descansados.

Num dos casos apresentados, uma pessoa sofre um acidente, fica com dois dedos cortados e é-lhe dado a escolher entre colocar um por 12 mil dólares e outro por 60 mil. Perante este e outros episódios, dificilmente não ficamos a pensar que algo está muito errado com aquele sistema e aquelas "propostas". Mesmo sendo muito provável que MM não nos esteja a contar a história toda.

O caso muda de figura quando MM quer comprovar que os Estados Unidos têm mesmo um péssimo sistema. Sobe ao Canadá e é tudo uma maravilha: as pessoas são logo atendidas e ninguém lhes pergunta se têm dinheiro para pagar os tratamentos. Até aqui tudo bem, pode ser que seja mesmo assim. O pior é depois, quando MM atravessa o oceano e vem saber como são tratados os cidadãos europeus, acabando a pintar um cenário cor-de-rosa dos sistemas nacionais de saúde da Grã-Bretanha e de França. Que são geridos pelo Estado.

Mesmo com níveis de desenvolvimento diferentes, basta ver os noticiários estrangeiros disponíveis no cabo ou satélite, os jornais ou a Internet, para ver que MM está mesmo a fazer ficção. Não é preciso conhecer os sistemas destes países. Toda a gente já teve que lidar com um sistema de saúde "tendencionalmente gratuito" gerido pelo Estado. Portugal também tem o seu e sabemos como funciona.

Vendo Sicko, tudo parece melhor do que o modelo que existe nos EUA. Mas os espectadores europeus vão sentir algum desconforto. Alguns podem mesmo achar que esta manipulação de Moore para demonstrar os seus pontos de vista é ir um pouco longe demais. E a oportunidade de rir novamente à custa de George W. Bush pode não ser suficiente para esquecer isso.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Indiana Jones - Crónicas da Juventude

Shia LaBeouf tornou-se a mais recente celebridade a ter direito à sua mug shot, depois de ter sido preso na madrugada deste domingo. Parece que um segurança de uma farmácia em Chicago lhe pediu para sair quando percebeu que estava com uns copos a mais. Como ele recusou, chamou a polícia. O resultado foi a mais feliz fotografia do género. O que eu penso do assunto não interessa nada. A opinião de Spielberg já é outra história...

Primeiras reacções...

Ainda não fui ver o Corrupção, mas já me chegaram as primeiras opiniões de amigos que, juntamente com muitas outras pessoas, foram vê-lo logo nos primeiros dias.

Descreveram-me um filme com o estilo "teatral" da realização de João Botelho e cenas que se sucedem aos trambolhões e sem coerência. Com uma banda sonora que está sempre a encher os ouvidos e diálogos entre o ridículo e involuntariamente cómicos. E uma grande cena de sexo colectivo metida a martelo e se prolonga até ao insuportável.

Um caso para os meus próprios olhos (e ouvidos) nos próximos dias.

Mas as críticas dos especialistas também já andam por aí. Rui Pedro Tendinha, na TSF na quinta-feira de manhã, terá sido o primeiro. No dia a seguir, João Antunes escreve no JN sobre a sensação geral de uma enorme frustração em que o grande problema do filme é não corresponder, de todo, às expectativas geradas junto da opinião pública. E ele acha que é bem possível que funcione bem nestes primeiros dias, em função dessa mesma expectativa, mas também que tombe dramaticamente nas bilheteiras, a partir do momento em que o "boca a boca" comece a funcionar. De facto, este ponto de vista parece ser apoiado pelas reacções dos espectadores recolhidas pelo Cinema2000, que vão todas num só (péssimo) sentido.

João Lopes apresentou no seu blogue o bilhete do sessão a que assistiu (Amoreiras, sala 1, 13h10 de sexta-feira) e constatou que é um filme sem destino, sem objectivo, sem identidade, um amontoado desconexo e esburacado de cenas que apelam a qualquer coisa de inevitavelmente falso. E finalmente ontem, Eurico de Barros escreveu no DN que Corrupção quase não tem ponta por onde se lhe pegue.

Por estas e por outras, o ataque ao site oficial feito ontem por alguém "orgulhosamente portista", que, de acordo com a notícia do JN, colocou um emblema do F. C. Porto e um texto de exaltação do clube, é muito mais conveniente para produtor Alexandre Valente e a máquina publicitária do Corrupção do que para Pinto da... perdão, o "sr. Presidente".

sábado, 3 de novembro de 2007

Está toda a gente a fugir do Escape from New York

Primeiro o remake do Escape From New York perdeu o realizador Len Wiseman. Depois o Brett Ratner.

Agora foi a vez de Gerard Butler, que ia ser o novo Snake Plisskin, alegar as habituais "diferenças criativas" e abandonar o barco.

A saída do projecto de realizadores do calibre dos Underworld e Rush Hour devia ser um sinal. Mas a notícia da fuga de Butler é o maior aviso de todos. Chegou no Halloween. Provavelmente Mike Myers chegou em pleno nevoeiro e anda a usar o seu Christine para ir a casa de toda a gente envolvida nesta ideia.

Em breve não haverá ninguém para fazer o filme. Há "algo" que não quer que ele aconteça. Não o façam.