segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Primeiras reacções...

Ainda não fui ver o Corrupção, mas já me chegaram as primeiras opiniões de amigos que, juntamente com muitas outras pessoas, foram vê-lo logo nos primeiros dias.

Descreveram-me um filme com o estilo "teatral" da realização de João Botelho e cenas que se sucedem aos trambolhões e sem coerência. Com uma banda sonora que está sempre a encher os ouvidos e diálogos entre o ridículo e involuntariamente cómicos. E uma grande cena de sexo colectivo metida a martelo e se prolonga até ao insuportável.

Um caso para os meus próprios olhos (e ouvidos) nos próximos dias.

Mas as críticas dos especialistas também já andam por aí. Rui Pedro Tendinha, na TSF na quinta-feira de manhã, terá sido o primeiro. No dia a seguir, João Antunes escreve no JN sobre a sensação geral de uma enorme frustração em que o grande problema do filme é não corresponder, de todo, às expectativas geradas junto da opinião pública. E ele acha que é bem possível que funcione bem nestes primeiros dias, em função dessa mesma expectativa, mas também que tombe dramaticamente nas bilheteiras, a partir do momento em que o "boca a boca" comece a funcionar. De facto, este ponto de vista parece ser apoiado pelas reacções dos espectadores recolhidas pelo Cinema2000, que vão todas num só (péssimo) sentido.

João Lopes apresentou no seu blogue o bilhete do sessão a que assistiu (Amoreiras, sala 1, 13h10 de sexta-feira) e constatou que é um filme sem destino, sem objectivo, sem identidade, um amontoado desconexo e esburacado de cenas que apelam a qualquer coisa de inevitavelmente falso. E finalmente ontem, Eurico de Barros escreveu no DN que Corrupção quase não tem ponta por onde se lhe pegue.

Por estas e por outras, o ataque ao site oficial feito ontem por alguém "orgulhosamente portista", que, de acordo com a notícia do JN, colocou um emblema do F. C. Porto e um texto de exaltação do clube, é muito mais conveniente para produtor Alexandre Valente e a máquina publicitária do Corrupção do que para Pinto da... perdão, o "sr. Presidente".

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