Que as expressões "irmãos Coen" e "favoritos aos Óscares" alguma vez pudessem ser combinadas na mesma frase mostra como os prémios da Academia não são exactamente aquela coisa tenebrosa que os seus detractores comentam sempre por esta altura. E depois da seca dos últimos anos (convenhamos que a produção andava um pouco por baixo desde os tempos de Fargo e O Grande Lebowski), o melhor é mesmo aproveitar Este País Não É Para Velhos: os astros podem nunca mais voltar a convergir para a tal combinação.
Mas, para que fique claro, este ano sou um "milkshake man". Por mim, Haverá Sangue era Melhor Filme, Realização, Actor e Argumento Adaptado. Pelo menos. Mas uma vez que isso é pouco provável, claro que ficarei contente se a alternativa for a consagração pela indústria dos Coen. E se ganharem o desgraçado do Kevin O'Connell, nomeado 20 vezes (este ano é pelo som do Transformers) e o sagrado director de fotografia Roger Deakins. Este ainda está 7 a 0 e está nomeado por dois filmes, o que vai dividir os votos. Além disso, tem uma forte concorrência do Janusz Kaminski pelo Escafandro e a Borboleta e do Robert Elswit pelo filme do Paul Thomas Anderson. Se Este País Não É Para Velhos começar a fazer uma "limpeza", as chances de Deakins aumentam, mas se fosse eu a decidir, o trabalho premiado era o outro...
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