Ainda assim, vale a pena voltar a ele: quando fecharam os cinemas Quarteto, o realizador Fernando Lopes disse que também iam acabar as salas do King. O espaço já teria sido vendido para a construção de garagens do Hotel Lutécia.
Assim, sem mais nem menos. Esta informação foi, como disse, desmentida. O que, em Portugal, quer dizer que podemos esperar desenvolvimentos sobre o caso nos próximos 6-12 meses.
Ao contrário do Quarteto, o fim do King seria uma grande tragédia, pelo menos para mim. Por todos os motivos e agora mais este: Promessas Perigosas, seguramente um dos últimos grandes filmes a estrear em 2007 (estou só à espera de ver se posso dizer o mesmo do Redacted do Brian De Palma), não estreou no Alvaláxia. Ao contrário do Hitman - Agente 47, a enésima adaptação de um jogo de computador que não consegue disfarçar a sua origem e é mais um para a minha lista dos piores do ano.

Entretanto, o proprietário (Paulo Branco) encheu-se de dívidas e depois de um atribulado processo, a Lusomundo está a explorar as salas desde Novembro, que agora se chamam "Lusomundo Alvalade". Ora, ao optar por ter o Hitman em vez do Promessas Perigosas (que até está, de todos os sítios possíveis, no Colombo e Vasco da Gama!), a gerência do Alvalade está a aplicar sem apelo nem agravo o modelo mais básico da programação Lusomundo. E a indicar o tipo de espectadores que quer ter, desprezando aqueles que contribuiram para que aquelas salas não fechassem ao fim de um ano.
Se acabassem os King, chegaríamos a um ponto em que as salas do Monumental e parcialmente do UCI seriam as únicas alternativas às programações indiferentes de um Alvalade, Colombo, Campo Pequeno, Londres, Twin Towers ou Vasco da Gama. Não é um panorama que dê grande confiança...
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