segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Ensaio para a conferência de imprensa dos Oscars?

O que aconteceu esta madrugada com os Globos de Ouro deve ter definitivamente esclarecido as pessoas que não percebem a razão para os Oscars durarem quase quatro horas. Ou por que razão isso tem de ser assim. De facto, qualquer das cerimónias é uma festa disfarçada de celebração de cinema e não o contrário. O que acontece quando ninguém aparece numa festa? O que sobra quando não há o tapete vermelho, estrelas de cinema, vestidos e patéticos discursos, aplausos ou imagens dos filmes?

Meia-hora. Esse foi o tempo que os apresentadores ligados aos maiores programas de entretenimento precisaram para anunciar os premiados deste ano da Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood. Que se mexiam como se fossem extras do Stepford Wives. Justiça seja feita à Liliana Neves do AXN: ela não ficava a destoar. This just feels different, a sua surpresa por estarem no palco a dizer and the Golden Globe goes to e outras banalidades do género, bem como algumas piadas secas, tornaram ainda mais óbvio como os argumentistas fazem falta a estes espectáculos. Para além dos filmes e séries.



Aquela meia-hora funerária transmitida pela CNN, BBC e Sky News foi um espectáculo deprimente. Sem o glamour de Hollywood, os Globos nada valem. São apenas uma recitação de nomes. Tornam-se um caso de "o rei vai nu". Lembrem-se do que aconteceu esta madrugada da próxima vez que acharem que a cerimónia dos Oscars se está a esticar...

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