quinta-feira, 10 de junho de 2010
domingo, 1 de junho de 2008
Nobody is perfect
Os que visitam este espaço devem estar a pensar como é indigno que o Dias de Criswell tenha as caras da aluna e da professora do liceu Carolina Michaelis do Porto no cimo deste blogue há mais de dois meses. Será que o Mestre não tem amor próprio?
A verdade é que uma penosa conjugação de circunstâncias pessoais e profissionais silenciou Criswell. Para além do aceitável.
Um pedido de desculpas a todos os que sentiram a falta do Dias de Criswell e fizeram chegar a sua estranheza por mail e outros meios. E aos que já colocaram patins a este espaço, retirando-o dos favoritos ou deixando de subscrever o Google Alerts.
Mas vamos recomeçar. Dentro de momentos, vai-se falar precisamente de um par de patins.
A verdade é que uma penosa conjugação de circunstâncias pessoais e profissionais silenciou Criswell. Para além do aceitável.
Um pedido de desculpas a todos os que sentiram a falta do Dias de Criswell e fizeram chegar a sua estranheza por mail e outros meios. E aos que já colocaram patins a este espaço, retirando-o dos favoritos ou deixando de subscrever o Google Alerts.
Mas vamos recomeçar. Dentro de momentos, vai-se falar precisamente de um par de patins.
sábado, 22 de março de 2008
Dá-me o telemóvel já!
A aula era de Francês, mas parece que o mais interessante foi mesmo dito em Português. Muito se tem comentado este video da aluna histérica do liceu Carolina Michaelis no Porto a atirar-se à professora por causa do telemóvel.
Claro que esta história deu origem ao habitual debate sobre o estado a que isto chegou. Mas como se diz por aí à boca cheia, não é caso inédito. Para não ir mais longe, era difícil acreditar que os muitos adolescentes que se comportam como sabemos nas salas de cinema seriam modelos de educação nas salas de aula. Nem podiam ser: têm o exemplo dos pais, que atendem despreocupadamente o telemóvel durante os filmes.
Não tenho dúvidas de que o arrependimento da miúda agora é como a história daquele ladrão que não lamenta tanto o crime, mas o facto de ter sido apanhado. Mas há algo que tem escapado à maioria das análises. Não, não é por que razão 100 mil professores protestam contra as políticas do governo, mas "calam" as humilhações que sofrem às mãos dos seus alunos. Refiro-me, como já devem estar a adivinhar, ao talento do jovem que filmou tudo.
Reparem na forma segura como maneja a "câmara". Como percebe institivamente o poder do drama que se desenrola à sua frente ("É um espectáculo, pá!"), como nunca perde o sentido da acção e se preocupa com o sentido estético ("oh rui, oh rui, sai daí", "Oh gorda, oh faxona, sai daí"), a forma como anuncia o clímax ("a velha vai cair"). E, por fim, o faro comercial de colocar no YouTube.
O cinema português precisa disto. Este minuto e 48 segundos é do mais poderoso que alguma vez se produziu em Portugal. O miúdo vai longe. Dentro de 10 anos, pode estar a fazer o Sorte Nula 2. Ou, sendo do Norte, talvez o Balas & Bolinhos 3.
Claro que esta história deu origem ao habitual debate sobre o estado a que isto chegou. Mas como se diz por aí à boca cheia, não é caso inédito. Para não ir mais longe, era difícil acreditar que os muitos adolescentes que se comportam como sabemos nas salas de cinema seriam modelos de educação nas salas de aula. Nem podiam ser: têm o exemplo dos pais, que atendem despreocupadamente o telemóvel durante os filmes.
Não tenho dúvidas de que o arrependimento da miúda agora é como a história daquele ladrão que não lamenta tanto o crime, mas o facto de ter sido apanhado. Mas há algo que tem escapado à maioria das análises. Não, não é por que razão 100 mil professores protestam contra as políticas do governo, mas "calam" as humilhações que sofrem às mãos dos seus alunos. Refiro-me, como já devem estar a adivinhar, ao talento do jovem que filmou tudo.
Reparem na forma segura como maneja a "câmara". Como percebe institivamente o poder do drama que se desenrola à sua frente ("É um espectáculo, pá!"), como nunca perde o sentido da acção e se preocupa com o sentido estético ("oh rui, oh rui, sai daí", "Oh gorda, oh faxona, sai daí"), a forma como anuncia o clímax ("a velha vai cair"). E, por fim, o faro comercial de colocar no YouTube.
O cinema português precisa disto. Este minuto e 48 segundos é do mais poderoso que alguma vez se produziu em Portugal. O miúdo vai longe. Dentro de 10 anos, pode estar a fazer o Sorte Nula 2. Ou, sendo do Norte, talvez o Balas & Bolinhos 3.
sexta-feira, 21 de março de 2008
Blade Runner no cinema
Pela pesquisa que fiz, o anúncio da estreia nas salas de cinema portuguesas da última versão de Blade Runner (será) passou despercebido na comunicação social mais importante (foi noticiado pelo Cinema2000 e o Deuxieme).
No entanto, trata-se de uma notícia histórica. E inesperada: o filme já está disponível naquele excelente pack DVD lançado em Portugal há quase cinco meses. Assim, se do ponto de vista comercial a decisão peca por tardia, como cinéfilo mal posso esperar pelo dia 24 de Abril e ver no lugar próprio, uma sala de cinema, este clássico que nunca envelhece. Depois disto, ou Ridley Scott inventa mais alguma, ou ficamos dependentes da boa vontade da Cinemateca ou CineClubes.
sexta-feira, 14 de março de 2008
O legado de Patrick Swayze
Para todos os efeitos, mesmo que não seja verdade que Patrick Swayze tem cinco semanas de vida, esta fotografia recente é desoladora: parece mostrar alguém realmente perto do fim e que, como tal, não está obrigado a privar-se dos ditos "prazeres da vida".
Há uns dias atrás, foi divulgado que Swayze tem cancro do pâncreas. O diagnóstico das cinco semanas de vida, cortesia do National Enquirer, foi entretanto desmentido, com os representantes do actor a dizer que os efeitos estão limitados e ele parece estar a responder bem ao tratamento. Mas a notícia principal vinha com outros números estatísticos: este tipo de doença corresponde a 3% do total de cancros conhecidos e é um dos mais devastadores, com uma taxa de sobrevivência baixíssima.
Patrick Swayze nunca será confundido com um grande actor, e qualquer que venha a ser o desfecho deste capítulo da sua vida, nenhum obituário o poderá afirmar. Mas foi "esforçado" e é justo dizer que tem um lugar assegurado na história do Cinema. Haverá sempre Os Marginais, a série Norte e Sul, o inesperado Donnie Darko. O Ghost, vá lá. Para mim, o que tem mais impacto na carreira de Swayze são os guilty pleasures. O reaccionário Amanhecer Violento do John Milius. Ruptura Explosiva é incontornável. Claro, o Dirty Dancing, onde imortaliza aquela penosa linha Nobody puts Baby in a corner. E principalmente o disparatado Road House, que por cá recebeu um título inspirado: Profissão: Duro.
Ele era Jack Dulton, um supervisor de porteiros de discotecas que também era licenciado em Filosofia. É um filme delirante, um clássico chunga que merecia ser celebrizado todos os anos na televisão portuguesa.
Há uns dias atrás, foi divulgado que Swayze tem cancro do pâncreas. O diagnóstico das cinco semanas de vida, cortesia do National Enquirer, foi entretanto desmentido, com os representantes do actor a dizer que os efeitos estão limitados e ele parece estar a responder bem ao tratamento. Mas a notícia principal vinha com outros números estatísticos: este tipo de doença corresponde a 3% do total de cancros conhecidos e é um dos mais devastadores, com uma taxa de sobrevivência baixíssima.
Patrick Swayze nunca será confundido com um grande actor, e qualquer que venha a ser o desfecho deste capítulo da sua vida, nenhum obituário o poderá afirmar. Mas foi "esforçado" e é justo dizer que tem um lugar assegurado na história do Cinema. Haverá sempre Os Marginais, a série Norte e Sul, o inesperado Donnie Darko. O Ghost, vá lá. Para mim, o que tem mais impacto na carreira de Swayze são os guilty pleasures. O reaccionário Amanhecer Violento do John Milius. Ruptura Explosiva é incontornável. Claro, o Dirty Dancing, onde imortaliza aquela penosa linha Nobody puts Baby in a corner. E principalmente o disparatado Road House, que por cá recebeu um título inspirado: Profissão: Duro.
Ele era Jack Dulton, um supervisor de porteiros de discotecas que também era licenciado em Filosofia. É um filme delirante, um clássico chunga que merecia ser celebrizado todos os anos na televisão portuguesa.
domingo, 9 de março de 2008
Vilas Faias
Não vi o suficiente para ter uma opinião definitiva sobre a "nova" Vila Faia.
A de 1982 é um marco histórico, foi a primeira telenovela portuguesa, etc. E quase toda a gente a viu uma vez que, naquela altura, não havia mais nada para fazer. E o mais importante: era um retrato do país que éramos, para o bem e para o mal. Ajudou a conhecermo-nos melhor.
Por isso, do primeiro e único episódio que vi da Vila Faia 2008, as perguntas que me assaltaram foram: esta Vila Faia representa a sociedade que somos agora? Mudámos muito em 25 anos? E isto terá acontecido à mesma velocidade com que agora passam os créditos no final da telenovela?
Ou continuamos a ser honrosamente foleiros?
Um indício para a resposta a essa pergunta podia ser a insistência em colocar a apresentadora do magazine Só Visto! Marta Leite de Castro a fazer de actriz. Mas adiante. Claro que os tempos são outros. Tecnicamente, a qualidade de imagem e os cenários melhorarem imenso. Na actualização da história, as mulheres não passam mais o tempo todo em casa a fazer tricot, enquanto os homens sustentam a família. Na evidências, há mais carros de alta cilimbrada e telemóveis. Mobílias e penteados mudaram completamente. As roupas bem mais sensuais já não se escondem. Muito menos os corpos...
A qualidade dos diálogos é pior: tanto é o esforço para parecerem naturais que, por vezes, o efeito é o contrário. E confirmando a perda de impacto nos últimos anos, o jovem betinho rebelde não pratica mais boxe, mas Mixed Martial Arts, vulgo MMA, o que vai permitir mostrar muitas cenas de luta para cativar a malta mais jovem.
Por falar em juventude... ao contrário do que acontecia há uns 10-15 anos atrás, agora os elencos das telenovelas são dominados pelos jovens. Os argumentos reflectem as suas preocupações. Daí que o elenco de Vila Faia 2008 também tenha revuvenescido, mas, com três ou quatro excepções, parece que estamos pior servidos de actores do que em 1982. Nessa altura, estes eram iguais a "nós". Talvez isto seja implicância minha, que não tenho as mesmas qualidades estéticas, mas em 2008, parece que toda a gente tem aspecto de vir da linha de Cascais. É tudo muito "giro".
Nesta área, as minhas grandes desilusões são o João Godunha e a Mariette. Albano Jerónimo, não obstante o aspecto cuidadosamente desleixado, com aquele penteado horrível e a barba por fazer, não deixa de ser um menino bonito a querer passar pelo bruto. E as angústias da Inês Castel-Branco parecem derivar mais de estar a fazer uma dieta contrariada do que das agruras da sua existência.
Claro que, visualmente, eles batem aos pontos o Nicolau Breyner, com o seu bigode tuga e barriga saliente, e da prematuramente envelhecida Margarida Carpinteiro. Mas estes representavam Portugal há 25 anos atrás. Sinto falta da brutalidade natural do camionista tão bem representada pelo Nico. E da prostituta Mariette gasta pela vida.
Agora, por que razão não passei do primeiro episódio, transmitido em horário nobre na RTP? Não, não foi por causa dos próximos irem passar ao final das tardes ao fim-de-semana. Já muito se escreveu sobre esse tema. E a Grande Dama Simone de Oliveira fez uma peixeirada das antigas com muita razão: pelos vistos, a distância que vai de grande aposta dos 50 anos do canal do Estado a um horário de exibição que honra o produto, os actores e a ficção nacional é muito pequena.
A verdade é que perdi a vontade por causa da cena do incêndio. A piroseira de colocarem a Inês Castel-Branco aos gritos no meio do assado, agarrada à foto do filho. E o histerismo do Albano Jerónimo a correr no meio daquilo tudo. E principalmente não consegui evitar o horror ao ver aqueles efeitos especiais horríveis.
Então, de acordo com Vila Faia, estamos melhor ou pior? Estamos mais modernaços. Portugal está mais fresco, figurativa e literalmente. De resto, estão lá a família Marques Vila, produtora do vinho Vila Faia, e uma tasca parecida com a da Ti Ermelinda, então interpretada pela saudosa Luisa Barbosa e agora por Márcia Breia. E as intrigas e invejas do costume. Só não sei se isso é por causa do país ou das telenovelas.
A de 1982 é um marco histórico, foi a primeira telenovela portuguesa, etc. E quase toda a gente a viu uma vez que, naquela altura, não havia mais nada para fazer. E o mais importante: era um retrato do país que éramos, para o bem e para o mal. Ajudou a conhecermo-nos melhor.
Por isso, do primeiro e único episódio que vi da Vila Faia 2008, as perguntas que me assaltaram foram: esta Vila Faia representa a sociedade que somos agora? Mudámos muito em 25 anos? E isto terá acontecido à mesma velocidade com que agora passam os créditos no final da telenovela?
Ou continuamos a ser honrosamente foleiros?
Um indício para a resposta a essa pergunta podia ser a insistência em colocar a apresentadora do magazine Só Visto! Marta Leite de Castro a fazer de actriz. Mas adiante. Claro que os tempos são outros. Tecnicamente, a qualidade de imagem e os cenários melhorarem imenso. Na actualização da história, as mulheres não passam mais o tempo todo em casa a fazer tricot, enquanto os homens sustentam a família. Na evidências, há mais carros de alta cilimbrada e telemóveis. Mobílias e penteados mudaram completamente. As roupas bem mais sensuais já não se escondem. Muito menos os corpos...
A qualidade dos diálogos é pior: tanto é o esforço para parecerem naturais que, por vezes, o efeito é o contrário. E confirmando a perda de impacto nos últimos anos, o jovem betinho rebelde não pratica mais boxe, mas Mixed Martial Arts, vulgo MMA, o que vai permitir mostrar muitas cenas de luta para cativar a malta mais jovem.
Por falar em juventude... ao contrário do que acontecia há uns 10-15 anos atrás, agora os elencos das telenovelas são dominados pelos jovens. Os argumentos reflectem as suas preocupações. Daí que o elenco de Vila Faia 2008 também tenha revuvenescido, mas, com três ou quatro excepções, parece que estamos pior servidos de actores do que em 1982. Nessa altura, estes eram iguais a "nós". Talvez isto seja implicância minha, que não tenho as mesmas qualidades estéticas, mas em 2008, parece que toda a gente tem aspecto de vir da linha de Cascais. É tudo muito "giro".
Nesta área, as minhas grandes desilusões são o João Godunha e a Mariette. Albano Jerónimo, não obstante o aspecto cuidadosamente desleixado, com aquele penteado horrível e a barba por fazer, não deixa de ser um menino bonito a querer passar pelo bruto. E as angústias da Inês Castel-Branco parecem derivar mais de estar a fazer uma dieta contrariada do que das agruras da sua existência.
Claro que, visualmente, eles batem aos pontos o Nicolau Breyner, com o seu bigode tuga e barriga saliente, e da prematuramente envelhecida Margarida Carpinteiro. Mas estes representavam Portugal há 25 anos atrás. Sinto falta da brutalidade natural do camionista tão bem representada pelo Nico. E da prostituta Mariette gasta pela vida.
Agora, por que razão não passei do primeiro episódio, transmitido em horário nobre na RTP? Não, não foi por causa dos próximos irem passar ao final das tardes ao fim-de-semana. Já muito se escreveu sobre esse tema. E a Grande Dama Simone de Oliveira fez uma peixeirada das antigas com muita razão: pelos vistos, a distância que vai de grande aposta dos 50 anos do canal do Estado a um horário de exibição que honra o produto, os actores e a ficção nacional é muito pequena.
A verdade é que perdi a vontade por causa da cena do incêndio. A piroseira de colocarem a Inês Castel-Branco aos gritos no meio do assado, agarrada à foto do filho. E o histerismo do Albano Jerónimo a correr no meio daquilo tudo. E principalmente não consegui evitar o horror ao ver aqueles efeitos especiais horríveis.
Então, de acordo com Vila Faia, estamos melhor ou pior? Estamos mais modernaços. Portugal está mais fresco, figurativa e literalmente. De resto, estão lá a família Marques Vila, produtora do vinho Vila Faia, e uma tasca parecida com a da Ti Ermelinda, então interpretada pela saudosa Luisa Barbosa e agora por Márcia Breia. E as intrigas e invejas do costume. Só não sei se isso é por causa do país ou das telenovelas.
segunda-feira, 3 de março de 2008
Who´s That Girl?
Durante muito tempo foi um mistério para mim e julgo que para muitos dos resistentes portugueses que acompanhavam os Óscares de madrugada: quem era aquela senhora que, invariavelmente, ano após ano, aparecia na audiência dos Óscares?
Não era uma estrela ou esposa de uma. Apesar de aparecer em quase todas as cerimónias, nunca a vímos beijar um premiado antes de este subir ao palco. Ela própria também nunca recebeu um prémio. Não parecia ter qualquer ligação à comunidade artística. Então, por que razão as câmaras insistiam em mostrá-la em primeiro plano quase todos os anos, não uma vez, mas três ou quatro?
Conforme fui vendo mais cerimónias em directo, estas foram perdendo interesse, e esqueci um pouco a minha dúvida, mesmo tendo a certeza que, graças à Internet, seria fácil esclarecê-la.
Este ano voltei a ver a minha "amiga". As estrelas vão e vêem, mas ela lá está, imutável, entre os melhores lugares para ver o espectáculo. Revoltado por o realizador só ter mostrado a Jennifer Garner uma vez, e de fugida (sem contar com ela em cima do palco a apresentar um prémio), finalmente fui fazer uma pesquisa.
Descobri que a senhora se chama Judith Reichman, Dr., e é uma famosa ginecologista das celebridades de Hollywood. Está aqui uma biografia, que não diz o mais importante: ela é a esposa de Gil Cates, o semi-eterno produtor da cerimónia dos Óscares. Casados desde 25 de Janeiro de 1987, de acordo com a notícia do New York Times.
Para verem que não é só em Portugal que estas coisas acontecem, parece que os grandes planos da JR já fazem parte do anedotário dos Oscars.
Não era uma estrela ou esposa de uma. Apesar de aparecer em quase todas as cerimónias, nunca a vímos beijar um premiado antes de este subir ao palco. Ela própria também nunca recebeu um prémio. Não parecia ter qualquer ligação à comunidade artística. Então, por que razão as câmaras insistiam em mostrá-la em primeiro plano quase todos os anos, não uma vez, mas três ou quatro?
Conforme fui vendo mais cerimónias em directo, estas foram perdendo interesse, e esqueci um pouco a minha dúvida, mesmo tendo a certeza que, graças à Internet, seria fácil esclarecê-la.
Este ano voltei a ver a minha "amiga". As estrelas vão e vêem, mas ela lá está, imutável, entre os melhores lugares para ver o espectáculo. Revoltado por o realizador só ter mostrado a Jennifer Garner uma vez, e de fugida (sem contar com ela em cima do palco a apresentar um prémio), finalmente fui fazer uma pesquisa.
Descobri que a senhora se chama Judith Reichman, Dr., e é uma famosa ginecologista das celebridades de Hollywood. Está aqui uma biografia, que não diz o mais importante: ela é a esposa de Gil Cates, o semi-eterno produtor da cerimónia dos Óscares. Casados desde 25 de Janeiro de 1987, de acordo com a notícia do New York Times.
Para verem que não é só em Portugal que estas coisas acontecem, parece que os grandes planos da JR já fazem parte do anedotário dos Oscars.
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