sexta-feira, 14 de março de 2008

O legado de Patrick Swayze

Para todos os efeitos, mesmo que não seja verdade que Patrick Swayze tem cinco semanas de vida, esta fotografia recente é desoladora: parece mostrar alguém realmente perto do fim e que, como tal, não está obrigado a privar-se dos ditos "prazeres da vida".

Há uns dias atrás, foi divulgado que Swayze tem cancro do pâncreas. O diagnóstico das cinco semanas de vida, cortesia do National Enquirer, foi entretanto desmentido, com os representantes do actor a dizer que os efeitos estão limitados e ele parece estar a responder bem ao tratamento. Mas a notícia principal vinha com outros números estatísticos: este tipo de doença corresponde a 3% do total de cancros conhecidos e é um dos mais devastadores, com uma taxa de sobrevivência baixíssima.

Patrick Swayze nunca será confundido com um grande actor, e qualquer que venha a ser o desfecho deste capítulo da sua vida, nenhum obituário o poderá afirmar. Mas foi "esforçado" e é justo dizer que tem um lugar assegurado na história do Cinema. Haverá sempre Os Marginais, a série Norte e Sul, o inesperado Donnie Darko. O Ghost, vá lá. Para mim, o que tem mais impacto na carreira de Swayze são os guilty pleasures. O reaccionário Amanhecer Violento do John Milius. Ruptura Explosiva é incontornável. Claro, o Dirty Dancing, onde imortaliza aquela penosa linha Nobody puts Baby in a corner. E principalmente o disparatado Road House, que por cá recebeu um título inspirado: Profissão: Duro.

Ele era Jack Dulton, um supervisor de porteiros de discotecas que também era licenciado em Filosofia. É um filme delirante, um clássico chunga que merecia ser celebrizado todos os anos na televisão portuguesa.



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